Eventos

2022

XVI Seminário das Alunas e dos Alunos do Programa de pós-graduação Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Brasil 2022)
Título: Problemas Filosóficos sobre Intuições
Resumo: (aqui)
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Analítica; Problemas Filosóficos.

XXXIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas: Filosofia autoral brasileira (UNESP, Brasil, 2022)
Título:
Contra “Contra intuições” de Giovanni Rolla
Co-autor: Vilson Vinícius dos Santos Rodrigues
Resumo:
(aqui)

VIII Seminário dos Alunos de Pós-Graduação em Filosofia da UFF, VIII SALUFI (UFF, Brasil, 2022)
Título:
Evidências pessimistas contra intuições
Resumo: Ao longo da história da filosofia, os filósofos utilizaram intuições como uma fonte de evidência para suas teses. Um uso bem simples de intuições está na “pergunta-teste” de Kripke (1980). Pensemos no fato de que estamos em uma democracia. Pergunta-teste: “Poderia ser diferente?”. Nossa intuição nos diz: sim. Logo, parece ser um fato contingente. E quanto a tigres serem animais? Pergunta-teste: “Poderia ser diferente?”. Intuímos que não. Logo, parece ser um fato necessário. Nesse sentido, a pergunta-teste nos ajuda a utilizar nossas intuições para descobrirmos se um fato é necessário ou contingente. Diante disso, diversos filósofos elaboraram evidências sobre a confiabilidade das intuições na prática filosófica. Neste trabalho, quero apresentar e discutir algumas evidências pessimistas contra intuições. A primeira evidência é o Argumento da Conexão. Esse argumento é elaborado por Earlenbaugh & Molyneux (2009, pp. 35-36). A segunda evidência pessimista é o Argumento do Desacordo. Esse argumento pode ser proposto a partir de um cenário imaginado por Benovsky (2013). A terceira evidência pessimista é o Desafio Restricionista descrito por Weinberg et. al. (2010). Ao tratar dessas evidências pessimistas, defendo que existem conexões entre verdades e intuições. Estabeleço uma resposta ao Argumento do Desacordo. Além disso, destaco os problemas relativos aos métodos empregados na filosofia experimental.
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Analítica; Desacordos; Filosofia Experimental.

IV Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC, Brasil, 2022)
Título:
Devemos confiar em nossa intuição? Evidências otimistas sobre intuições na filosofia analítica recente
Resumo:
Neste trabalho, meu objetivo é avaliar as evidências otimistas sobre intuições na filosofia analítica recente. Para isso, é necessário explicar em que consiste a utilização de experimentos de pensamento na filosofia. Enquanto cientistas fazem experimentos em laboratório, filósofos costumam fazer “experimentos em seus pensamentos”. Um exemplo bem sucedido disso é o uso dos Casos Gettier de Gettier (1963), que confrontam a tese de que o conhecimento é crença verdadeira justificada. Ao avaliar esse caso, as pessoas tendem a gerar a intuição de que, naquela circunstância, o personagem do experimento tem uma crença verdadeira e justificada de que P sem saber que P. Essa intuição mostraria que a tese clássica sobre o conceito de conhecimento está errada. Em contrapartida, é possível questionar se tais intuições são confiáveis. Em resposta a isso, surgiram diversas evidências otimistas, isto é, que são favoráveis à tese de que intuições são confiáveis. Dentre as evidências otimistas com relação às intuições, há o Argumento da Auto-anulação. Ele diz que, se tentarmos argumentar contra as intuições, utilizaremos premissas que têm sua verdade, em última instância, indicada por intuições. Logo, não podemos rejeitar intuições. Uma segunda evidência otimista é o Argumento da Necessidade. Na primeira etapa, o argumento recorre à ideia de que se só tivermos fontes empíricas de evidência, a filosofia fica sem fundamentos; isto é, precisamos de uma fonte extra-empírica de evidência. Na segunda etapa, as intuições surgem como as melhores candidatas a tais fontes extra-empíricas. Logo, deveríamos acatá-las como fonte extra-empírica de evidência. Caso contrário, ou aceitaríamos uma candidata pior ou ficaríamos sem fundamentos para a filosofia. Uma terceira evidência otimista é o Argumento Empirista de Jenkins (2014). Nesse argumento, Jenkins defende que existe uma conexão entre intuir que P e a verdade de P. Para Jenkins, nossos conceitos são sensíveis à experiência e a experiência é sensível à estrutura da realidade. Dessa maneira, existe uma conexão confiável entre intuir que P e a verdade de P. Existindo essa conexão confiável, temos uma razão para confiarmos em intuições. Uma quarta evidência otimista é o Argumento da Leitura Mental de Nagel (2012). Em linhas gerais, Nagel considera que temos a capacidade de leitura mental (mindreading), que é a capacidade de, por exemplo, interpretar estados mentais a partir de expressões faciais. Essa capacidade é o pano de fundo de nossas atribuições de conhecimento. Nós atribuímos, por meio da leitura mental, estados mentais aos outros de maneira confiável. Analogamente, podemos considerar que atribuímos, por meio das nossas intuições, estados mentais como “saber que P” aos outros de maneira confiável. Diante de tais evidências, defendo uma posição otimista quanto à confiabilidade das intuições. Ao tratar das evidências otimistas, respondo às objeções de Earlenbaugh & Molyneux (2009), Stich (2013), de Alexander & Weinberg (2014), Weinberg et. al. (2010) e mostro por que essas são boas evidências.
Palavras-chave:
Intuições; Experimentos de Pensamento; Filosofia Analítica.

VII Brazilian Society for Analytic Philosophy Conference (PUC-Rio, Brasil, 2022)
Título: Where do intuitions come from?
Resumo: (no prelo)
Palavras-chave: Intuition; Concepts; Thought Experiments; Etiology.

VIII Jornada de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Caxias do Sul (UCS, Brasil, 2022)
Título: Dilema do Bonde, Máquina de Experiências e Otimismo sobre Intuições
Resumo: As intuições parecem integrar significativamente a prática filosófica. É normal vermos filósofos utilizando experimentos de pensamento para gerar intuições sobre um cenário e utilizá-las como evidência (Rowbottom, 2014). No trabalho de Philippa Foot (1967), por exemplo, somos convidados a pensar sobre se seria moralmente permissível acionar uma alavanca que faria um bonde matar uma pessoa e que faria com que a vida de cinco pessoas fossem poupadas. A intuição esperada a partir desse experimento de pensamento é a de que: é moralmente permissível acionar a alavanca. Essa intuição é convergente com a resposta utilitarista. No trabalho de Robert Nozick (1974) também existe um aparente uso de intuições. Nozick nos convida a imaginar um cenário hipotético em que pudéssemos viver em uma simulação da realidade em que houvesse mais prazer do que na vida real. Para Nozick, não gostaríamos de viver em tal simulação, mesmo com todo prazer que teríamos ao viver nela. Parece que a vida real, por mais sofrível que seja, ainda pareceria melhor do que uma vida de ilusão repleta de prazer. Nesse sentido, a intuição gerada seria a de que uma vida na máquina de experiências não seria melhor do que a vida real. Essa intuição serviria de evidência contra a tese do hedonismo que diz que o prazer é a única coisa que possui valor intrínseco. Diante de tais casos, é natural que os filósofos comecem a se questionar: “O que são intuições? Elas são confiáveis? Qual papel que elas assumem na filosofia?”. A partir das discussões sobre o papel das intuições na filosofia, os filósofos dividiram-se em dois grupos: os filósofos otimistas, que tendem a considerar que intuições são confiáveis; e os filósofos pessimistas, que tendem a ser céticos sobre se intuições são confiáveis. Dentre os filósofos otimistas, temos George Bealer (1998), David Chalmers (2014), Ernest Sosa (2007, 2008), Jennifer Nagel (2012, 2013) e Carrie Jenkins (2014). Dentre os pessimistas, temos Alexander & Weinberg (2014), Jiri Benovsky (2013), Herman Cappelen (2012, 2014), Erlenbaugh & Molineaux (2009), Jonathan Weinberg et. al (2010), Giovanni Rolla (2021) e Stephen Stich (2013). Neste trabalho, quero ficar nos pontos levantados pelos otimistas e investigá-los detalhadamente. Dentre as evidências que apontam para um otimismo sobre intuições, existem diversos argumentos filosóficos. Existe o Argumento da Auto-anulação, que diz que mesmo que tentássemos defender que intuições não são confiáveis teríamos que apelar às intuições. Existe o Argumento da Necessidade, que diz que intuições são a melhor explicação para os fundamentos da filosofia. Existe o Argumento Evolucionista, que diz que intuições são confiáveis porque foram uma capacidade gerada através da nossa história evolutiva para levar a nossa sobrevivência e reprodução. Existe o Argumento Empirista, que diz que intuições possuem uma certa sensibilidade à realidade graças à experiência e à mediação pelos conceitos. Existe o Argumento da Leitura Mental, que traça uma analogia entre as nossas leituras mentais de expressões faciais e as intuições sobre experimentos de pensamento filosóficos. Neste trabalho, apresentarei esses argumentos e responderei às objeções de Earlenbaugh & Molineaux (2009), Stich (2013), de Alexander & Weinberg (2014) e Weinberg et. al. (2010).
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Analítica; Dilema do Bonde; Máquina de Experiências.

XXII Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS (PUCRS, Brasil, 2022)
Título: Investigando os diversos sentidos de “intuição” na filosofia analítica recente
Resumo expandido: (aqui)
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Analítica; Análise Conceitual; Casos Gettier; Experimento de Pensamento.

IV Encontro de Filosofia da Bahia (UFBA, Brasil, 2022)
Título: Como ser um expert em intuir
Resumo: Na filosofia recente, muitos filósofos utilizam experimentos de pensamento para gerar intuições e argumentos. Isso ocorre com o Dilema do Bonde, de Foot (1967); com a Máquina de Experiências, de Nozick (1974) e com os Casos Gettier, de Gettier (1963). Em tais casos, alguns filósofos esperam que as pessoas tenham a intuição esperada independentemente de seus gêneros, profissões, raças, idades, orientações sexuais, países ou culturas, mas também independentemente de fatores contextuais como ordem de apresentação, emoções, presença de um observador ou temperamento. Entretanto, a filosofia experimental mostrou que essas expectativas não foram atendidas. Para responder ao desafio da filosofia experimental, os filósofos situaram diversas respostas — dentre elas, a defesa da expertise. A defesa da expertise situa que a filosofia experimental estuda as intuições dos leigos, e que essas intuições não importam, e sim a dos filósofos experts em intuir. A defesa da expertise situa uma analogia entre a situação do físico e a dos filósofos para concluir que os filósofos profissionais possuem intuições (filosóficas) que graduandos e pessoas comuns não possuem. Entretanto, existem diversas evidências de que nem todo treino, por mais esforçado e duradouro que seja, resulta em expertise; existem muitas desanalogias entre campos; e os filósofos experimentais testaram intuições de filósofos profissionais e encontraram efeitos de ordem, efeitos de presença de um observador e efeitos de temperamento. Diante disso, concluo que: provavelmente, filósofos não são experts em intuir; que isso indica que, se existe progresso na filosofia, ele não depende significativamente das intuições dos filósofos profissionais; e que, mesmo que descubramos uma forma de adquirir expertise, áreas como a linguística nos ensinam que a filosofia não deve depender totalmente disso.
Palavras-chave: Especialização; Análise Conceitual; Intuições; Filosofia Experimental.

XXIII Semana dos Alunos de Pós-graduação em Filosofia PUC-Rio (PUC-Rio, Brasil, 2022)
Título: A natureza das intuições
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Analítica; Análise Conceitual; Casos Gettier; Experimento de Pensamento.

III Ciclo de Palestras de Conceitos Básicos Saguinus PUC-Rio (PUC-Rio, Brasil, 2022)
Título: O que é a percepção?
Resumo: Nesta palestra, explico em que consiste a percepção e seus conceitos associados. Com base em uma distinção sobre os problemas filosóficos envolvendo a percepção, esclareço em que consiste uma ilusão e um alucinação. Na ilusão, um objeto que existe parece ter uma característica que ele não tem. Já na alucinação parece existir um objeto quando na verdade ele não existe. Por sua vez, a percepção pode ser definida com base em alguns critérios: (i) não ser memória, raciocínio ou intuição; (ii) fazer uso dos sentidos; (iii) ser uma relação entre um agente epistêmico que utiliza os sentidos e objetos/propriedades no mundo; (iv) poder ser verídica ou inverídica (para a maioria das teorias). Quanto às teorias envolvendo percepção, situo três: realismo direto, realismo indireto e idealismo. Destaco as objeções relativas a cada uma dessas teorias. Diante disso, concluo que o conceito de percepção parece variar em função do que esperamos dela. Se esperamos muito, temos uma noção infalibilista da percepção, que é contraintuitiva. Se esperamos pouco, temos dificuldade de diferenciar entre percepção, ilusão e alucinação.
Palavras-chave: Percepção; Realismo; Idealismo; Ilusão; Alucinação.

I Congresso de Filosofia do Campus IV-UFPB (UFPB, Brasil, 2022)
Título: A expertise dos filósofos
Resumo: Nos últimos anos, os filósofos analíticos utilizaram de maneira explícita casos hipotéticos — mais conhecidos como “experimentos de pensamento”. Esse parece ser o caso de Foot (1967), Nozick (1974), Kripke (1980), Jackson (1986) e Gettier (1963). Ao apresentar um caso hipotético, os filósofos esperam que as pessoas deem a resposta que eles consideram ser correta. Essa resposta seria intuída pela audiência e também pelo filósofo. Normalmente, uma boa intuição aí deveria ser compartilhada pelas pessoas independentemente de fatores irrelevantes, como ordem de apresentação dos casos, de apresentação de respostas possíveis, das emoções, e também não deveria depender de fatores sociais como raça e gênero. Entretanto, a filosofia experimental mostrou nos últimos anos que esse não parece ser o caso. Isto é, as respostas das pessoas variam em função desses fatores (supostamente) irrelevantes. Isso ficou conhecido no debate sobre intuições como “Desafio Restricionista”. Evidentemente, esse desafio se levanta sobre os filósofos que acreditam que as intuições sobre esses casos hipotéticos fazem parte dos métodos da filosofia. Para responder a esse desafio, esses filósofos situaram a chamada “Defesa da Expertise”. Essa defesa consiste em alegar que, na verdade, é a intuição dos filósofos treinados experts em intuir que importa, e não a dos leigos. Neste trabalho, analiso essa resposta à luz da literatura mais recente sobre o tópico em filosofia analítica.
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Experimental; Casos Hipotéticos; Filosofia Analítica.

II Ciclo de Palestras de Metafilosofia da PUC-Rio (PUC-Rio, Brasil, 2022)
Título: Progresso na Filosofia: A filosofia de hoje é melhor que a de ontem?
Palavras-chave: Progresso; Progresso na Filosofia; Consensos; Ciência.

II Ciclo de Palestras de Metafilosofia da PUC-Rio (PUC-Rio, Brasil, 2022)
Título: Filósofos são especialistas em intuir?
Palavras-chave: Especialização; Análise Conceitual; Intuições; Filosofia Experimental.

I Encontro Nacional de Pós-Graduação em Filosofia da UNB (UNB, Brasil, 2022)
Título: Podemos confiar em intuições? A saída etiológica
Resumo: (aqui)
Palavras-chave: Intuição; Conceito; Filosofia Analítica; Casos Gettier; Experimentos de Pensamento.

2021

XV Seminário das Alunas e dos Alunos do Programa de Pós-graduação em Lógica e Metafísica da UFRJ (UFRJ, Brasil, 2021)
Título: Intuições e conceitos
Resumo expandido: (aqui)
Palavras-chave: Intuição; Análise Conceitual; Metafilosofia; Gettier; Conceito.

XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia (UFOP, Brasil, 2021)
Título: E se Sísifo entrasse na Matrix? Uma investigação sobre as intuições envolvendo o cenário da Máquina de Experiências
Resumo expandido: (aqui)
Palavras-chave: Intuição; Máquina de Experiências; Filosofia Experimental; Experimentos de Pensamento; Conceitos.

V Reunião Anual do INCog & I Simpósio em Neurociências (PUCRJ, Brasil, 2021)
Título: Intuições em uma Abordagem Interdisciplinar
Resumo: Nesse trabalho, falo sobre intuições em uma abordagem interdisciplinar. Começo situando que os métodos de intuições parecem presentes na filosofia. Isso é evidenciado pela pesquisa survey Philpapers de 2020. Esse método parece existir em diversos experimentos de pensamento. Para deixar claro como ocorre, esclareço uma das versões dos casos de Gettier (1963). A partir da explicação do caso, mostro que existe uma intuição esperada pelos filósofos. A expectativa é a de que essa intuição deveria ocorrer normalmente independentemente de gênero, profissão, raça, idade, orientação sexual, países e culturas de quem está diante do experimento. Entretanto, explico que o trabalho de Buckwalter & Stich (2013) e Starmans & Friedman (2009) mostram que essa expectativa não é atendida, porque as mulheres respondem diferentes dos homens com relação a esse cenário. A partir disso, situo a resposta dos próprios Starmans & Friedman, além da tentativa de replicação experimental de Seyedsayamdost (2015), que mostram que a filosofia experimental passa por um problema de replicação de resultados. Para explicar tais problemas, recorro a Sosa (2007, 2009). Além disso, situo a problemática em torno dos filósofos intuírem melhor que a massa a partir do trabalho de Weinberg et. al. (2010) e de Rolla (2021).
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Experimental; Casos Gettier; Gênero.

II Ciclo de Palestras de Conceitos Básicos da PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2021)
Título: O que é intuição?
Resumo: Nesse trabalho, investigo a natureza das intuições a partir da filosofia analítica contemporânea. Ao que parece, os filósofos utilizam intuições quando utilizam o método de análise conceitual, como no caso de Gettier (1963). A partir do trabalho de Jenkins (2014), situo os pacotes de sintomas associados pelos filósofos ao uso da palavra “intuição”. Após isso, elaboro o que intuições não são a partir do trabalho de Bealer (1998). Em seguida, exploro os argumentos favoráveis e contrários às três principais teses sobre a natureza ontológica das intuições. Em face a isso, situo um conjunto de propriedades que intuições normalmente possuem ao serem utilizadas na filosofia. Finalmente, concluo essas propriedades indicam uma analogia substancial entre intuições e percepção.
Palavras-chave: Intuições; Análise Conceitual; Percepção; Filosofia Analítica; Gettier.

X Semana de Filosofia (UNIRIO, Brasil, 2021)
Título: Por que intuições variam? Investigando a relação entre variação de intuições e aprendizagem de conceitos
Palavras-chave: Intuição; Conceitos; Aprendizado; Filosofia Analítica; Experimento de Pensamento.

Semana Acadêmica de Filosofia da UFRGS de 2021 (UFRGS, Brasil, 2021)
Título: Intuições nos direcionam para quais verdades? Investigando a possível relação entre intuições, conceitos e realidade na filosofia analítica contemporânea
Resumo: Sem dúvidas, conceitos parecem úteis e centrais em diversas partes da vida humana. Na atividade filosófica, parecem ainda mais importantes, sobretudo pela prevalência do uso de métodos como o da análise conceitual e o de casos. Por isso, nesse trabalho dou um passo atrás e questiono o que são conceitos e suas possíveis implicações para a atividade filosófica. Em primeiro lugar, existem usos de intuições na atividade filosófica mais recente, como parece ocorrer com o Caso Gödel que ficou famoso por Kripke (1980) em Filosofia da Linguagem, os Casos Gettier de Gettier (1963) em Epistemologia, a Máquina de Experiências de Nozick (1974) em Ética, e o Quarto de Mary de Jackson (1986) em Filosofia da Mente. Entretanto, Earlenbaugh & Molyneux (2009) levantam críticas quanto à relação entre a intuição de que P e o próprio fato de que P. Primeiro, considero que não intuímos sobre fatos no mundo, mas sim sobre proposições. Depois, considero que os blocos de construção de tais proposições são conceitos. A partir daí, infiro que a relação entre a intuição de que P e o próprio fato de que P dependerá do que são conceitos, da suas estruturas internas e de como os adquirimos. Para situar um ponto sobre a natureza dos conceitos, levo em conta a descrição de Margolis & Laurence (2021) sobre as perspectivas filosóficas a respeito da natureza dos conceitos, além do trabalho de Mazzone & Lalumera (2010) sobre as estruturas dos conceitos de senso comum. Para traçar uma ponte entre intuições e conceitos, levo em consideração o trabalho de Rolla (2021) sobre a relação entre intuições e a maneira como adquirimos os nossos conceitos. A partir disso, avalio o estatuto epistêmico das intuições na filosofia analítica contemporânea.
Palavras-chave:

III Encontro de Filosofia na Pós-Graduação da UFLA (UFLA, Brasil, 2021)
Título: O que intuições não são
Resumo: (aqui)
Palavras-chave: Intuição; Método de Casos; Epistemologia Analítica; Metafilosofia; Experimento de Pensamento.

II Colóquio Internacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC (UFSC, Brasil, 2021)
Título: Existe intuição feminina? Uma avaliação da variação de intuições a partir de trabalhos de filosofia experimental
Resumo: Ao longo da história da filosofia, diversos filósofos parecem apelar às intuições para justificar suas teses filosóficas. E, mesmo que isso seja questionado por filósofos como Cappelen (2012), ainda assim a intuitividade é vista como uma virtude e a contra-intuitividade, como um defeito de uma tese. Uma suposta maneira de testar intuições sobre teses é através de experimentos de pensamento. Existem casos paradigmáticos em que isso parece ocorrer. Temos o Caso Gödel que ficou famoso por Kripke (1980) em Filosofia da Linguagem, os Casos Gettier de Gettier (1963) em Epistemologia, a Máquina de Experiências de Nozick (1974) em Ética, e o Quarto de Mary de Jackson (1986) em Filosofia da Mente. Em todos esses casos, espera-se que as pessoas tendam a intuir uma dada resposta, independentemente de suas condições sociais. Por exemplo, espera-se que as pessoas — independentemente de seus gêneros, profissões, raças, idades, orientações sexuais, países ou culturas — intuam que, nos Casos Gettier, o sujeito do cenário possui uma crença verdadeira justificada de que P sem conhecimento de que P. Em contrapartida, nas últimas décadas, teóricos de filosofia experimental tentaram avaliar o estatuto epistemológico das intuições a partir de estudos experimentais ao redor do mundo. Esse movimento foi chamado de “Filosofia Experimental”. Nesses testes, filósofos experimentais apresentam cenários filosóficos às pessoas e verificam se há variações em suas respostas, levando em conta se essas variações estão ligadas às suas características sociais ou culturais. O trabalho de Buckwalter & Stich (2013), por exemplo, indica uma diferença entre as intuições de homens e de mulheres. Segundo Buckwalter & Stich (2013), se o trabalho tiver sido bem sucedido, isso poderia explicar ao menos parcialmente a baixa presença de mulheres na filosofia. Nesse estudo, faço uma avaliação do trabalho de Buckwalter & Stich (2013), levando em conta sobretudo a resposta fornecida por Seyedsayamdost (2015) e as críticas à Filosofia Experimental salientadas por Sosa (2007). Por fim, situo as implicações filosóficas de uma suposta variação de intuições filosóficas entre gêneros.
Palavras-chave: Intuições; Filosofia Experimental; Experimentos de Pensamento; Gênero; Intuição Feminina.

I Ciclo de Palestras de Metafilosofia Saguinus PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2021)
Título: Intuições são centrais na filosofia?
Resumo: Nessa palestra, diferencio entre as intuições utilizadas pelos filósofos e as utilizadas pelos cientistas. Esclareço em que consiste a tese da centralidade, definida por Cappelen (2012) enquanto a tese de que “filósofos analíticos contemporâneos confiam nas intuições como evidência (ou como fonte de evidência) para suas teses filosóficas”. Essa tese é contrariada pelo último survey do PhilPapers, em que apenas cerca de 49% dos filósofos disseram que apelo à intuição é um dos métodos mais úteis ou importantes na filosofia. Em compensação, o mesmo survey aponta que cerca de 70% dos filósofos elencam a análise conceitual como método mais importante. Contudo, em análise conceitual, as intuições são utilizadas como evidências para esclarecer a natureza de um conceito analisado. Logo, esse resultado conta a favor da tese da centralidade. A partir disso, exploro as possíveis consequências teóricas da verdade e da falsidade da tese da centralidade. Em vista de tais consequências, direciono o trabalho para uma discussão sobre os desacordos filosóficos envolvendo intuições metafísicas. Concluo que a saída para resolver tais desacordos é uma investigação teórica profunda sobre a natureza das intuições filosóficas que nos deêm critérios para distinguir entre intuições confiáveis e não confiáveis.
Palavras-chave: Centralidade; Intuições; Método de Casos; Desacordos; Filosofia Analítica.

VII Encontro Nacional de Pesquisa na Graduação em Filosofia (UNB, Brasil, 2021)
Título: O fim da metafísica? Investigando o papel das intuições na metafísica
Resumo: Em diversas áreas da filosofia, parece questionável o papel que as intuições podem assumir, sobretudo porque elas podem ser substituídas por outras fontes de evidência e pela própria argumentação em vários momentos. Na atividade metafísica, entretanto, as intuições parecem ser mais centrais, já que a metafísica é menos dependente de evidências empíricas e parece tentar fundamentar conhecimentos muito básicos. Isso é indicado pelo trabalho de Benovsky (2013), que apresenta diversas teses metafísicas intuitivas e contra-intuitivas. Entretanto, para Benovsky (2013), as intuições não podem decidir entre duas teses rivais, sendo epistemologicamente indiferentes a elas. Neste trabalho, investigo o papel das intuições na investigação metafísica a partir de uma avaliação dos argumentos de Benovsky (2013). Por fim, avalio se, sem intuições, a atividade metafísica perde o seu sentido.
Palavras-chave: Intuições; Metafísica; Método de Casos; Filosofia Analítica.

I Ciclo de Palestras de Metafilosofia Saguinus PUC-Rio (PURJ, Brasil, 2021)
Título: Introdução à Metafilosofia
Resumo: Nesse trabalho, explico em que consiste a metafilosofia, desmembrando as principais maneiras de compreendê-la e de extrair uma metafilosofia de uma tradição ou de um autor. Em seguida, faço um breve resumo das principais metafilosofias da história da filosofia. Por fim, foco em explicar a metafilosofia da tradição analítica, situando suas influências históricas.
Palavras-chave: Metafilosofia; Filosofia Analítica; Filosofia.

XXII Semana dos Alunos de Pós-Graduação em Filosofia da PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2021)
Título: Sem intuições, a Filosofia está morta?
Resumo: Neste trabalho, investigo o problema de se intuições são centrais na Filosofia e se os filósofos as utilizam no interior dos seus métodos de pesquisa. Nessa direção, investigo o que é “ser central na filosofia”, os problemas acarretados pela falsidade e os problemas acarretados pela verdade da tese da centralidade a partir da literatura mais recente sobre o tema em filosofia analítica.
Palavras-chave: Intuição; Centralidade; Filosofia da Filosofia.

II Workshop Paranaense de Lógica e Filosofia Analítica (UEL, Brasil, 2021)
Título: O que são intuições?
Resumo: Neste trabalho, caracterizo o conceito de intuição, a partir da “Pergunta-Teste” de Kripke (1980) e do Método de Casos presente em Gettier (1963), Nozick (1974), Jackson (1986) e no próprio Kripke (1980). Na filosofia analítica contemporânea, o termo “intuição” é utilizado de diversas formas: como um tipo de crença – às vezes, como crença acrítica –, como senso comum, como um mero julgar, supor ou palpitar, como uma inclinação espontânea a acreditar, como um mero tomar consciência de crenças inconscientes de fundo e como aparências sensoriais (cf. Bealer, 1998). Nesse trabalho, esclareço diferentes sentidos do termo “intuição”, e mostro qual sentido que é epistemologicamente relevante para a atividade filosófica e quais não são.
Palavras-chave: Intuições; Método de Casos; Metafilosofia.

I Ciclo de Palestras de Conceitos Básicos Saguinus PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2020)
Título: O que são conceitos?
Resumo: Neste trabalho, apresento as principais teses ontológicas sobre o que são conceitos: a de que são representações mentais, a de que são habilidades e a de que são objetos abstratos. Em seguida, discuto sobre as possíveis estruturas que os conceitos podem assumir. Por fim, reflito sobre a própria prática filosófica de intuir sobre a extensão dos conceitos em cenários atípicos.
Palavras-chave: Conceitos; Intuições; Método de Casos.

2020

I.º Colóquio Saguinus de Filosofia da PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2020)
Título: Confiança em Intuições.
Resumo: Nessa palestra, apresento as intuições a partir da pergunta-teste e do método de casos, além de fazer uma breve apresentação das principais teorias sobre o que são intuições. A partir disso, situo a problemática de se intuições são indicadores de verdade, abordando o Argumento da Conexão e o Argumento Evolucionista, ressaltando que deve-se levar em conta que as intuições podem ser epistemicamente heterogêneas. Por fim, concluo que sabemos que uma intuição de que P é um indicador de verdade desde que saibamos qual é a relação entre a intuição e aquilo que é intuído — o que é o caso, pelo menos, de algumas intuições metafísicas.
Palavras-chave: Intuições; Metafilosofia; Evolução.

XXVIII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2020)
Título: A natureza, o valor epistêmico e o papel das intuições na filosofia
Palavras-chave: Intuições; Experimentos de Pensamento; Filosofia Analítica.

2019

15ª Semana de Graduação em Filosofia da PUC-Rio, Philos XV (PUCRJ, Brasil, 2019)
Título: O papel das intuições na filosofia
Resumo: Sem dúvida, muitos filósofos têm a imagem de que as intuições seriam indispensáveis para a atividade filosófica. Afinal, é bem comum que os filósofos ressaltem a intuitividade de uma tese como uma virtude, utilizem experimentos de pensamento para o teste de intuições e que digam que a intuição é um bom modo de decidir sobre a verdade de uma teoria. Cappelen (2012) chama de “Centralidade” a tese segundo a qual o método central na filosofia estaria baseado na uso de intuições. De fato, para filósofos como Kripke (2012) as intuições de pessoas comuns parecem ocupar um papel indispensável na decisão sobre qual teoria filosófica deve ser aceita. Indo além, existem trabalhos mais recentes, como o de Machery et al. (2009), em que são verificadas as intuições de pessoas de diversos países a fim de testar uma hipótese filosófica sobre as propriedades de certos termos da linguagem. Esses fatores parecem indicar que a Centralidade está correta. Em contrapartida, Kahneman (2012) nos apresenta um panorama complicado para aqueles que defendem a Centralidade. Kahneman situa a vida mental como uma metáfora de dois agentes: o Sistema 1, que é rápido e opera sem esforço; e o Sistema 2, que é devagar, exige concentração e uma experiência subjetiva de raciocínio. Kahneman nos mostra casos em que as intuições geradas pelo Sistema 1 são acionadas na tentativa de resolver problemas complexos, mas falham sistematicamente. As intuições filosóficas – sobretudo a dos leigos – parecem estar ligadas ao Sistema 1. Assim, a obra de Kahneman parece um problema para aqueles que defendem a Centralidade e o valor epistêmico das intuições. Por que as intuições nos revelariam verdades sobre a essência da realidade, do ser humano, da mente ou da linguagem? Parece que, se as intuições forem centrais na filosofia, os filósofos estão sujeitos a problemas metodológicos seríssimos. Diante disso, investigarei: se a Centralidade está correta; se os filósofos e os psicólogos cognitivos estão utilizando a palavra “intuição” no mesmo sentido; se o trabalho de Kahneman realmente levanta problemas metodológicos para a filosofia; e se as intuições filosóficas – sobretudo, a dos leigos – possuem valor epistêmico.
Palavras-chave: Intuição; Kahneman; Centralidade; Filosofia Experimental.

1ª Semana de Graduação em Filosofia da UFF (UFF, Brasil, 2019)
Título: Intuições são centrais na filosofia?
Resumo: Sem dúvida, muitos filósofos têm a imagem de que as intuições seriam indispensáveis para a atividade filosófica. Afinal, é bem comum que os filósofos ressaltem a intuitividade de uma tese como uma virtude, utilizem experimentos de pensamento para o teste de intuições e que digam que a intuição é um bom modo de decidir sobre a verdade de uma teoria. Cappelen (2012) chama de “Centralidade” a tese segundo a qual o método central na filosofia estaria baseado no uso de intuições. De fato, para filósofos como Kripke (2012) as intuições de pessoas comuns parecem ocupar um papel indispensável na decisão sobre qual teoria filosófica deve ser aceita. Indo além, existem trabalhos mais recentes, como o de Machery et al. (2009), em que são verificadas as intuições de pessoas de diversos países a fim de testar uma hipótese filosófica sobre as propriedades de certos termos da linguagem. Um outro autor que mostraria, na prática, como as intuições são utilizadas seria Gettier (2013) ao defender, através de dois experimentos de pensamento, que a concepção clássica não fornece um conjunto de condições suficientes para o conhecimento. Esses fatores parecem indicar que a Centralidade está correta. Em contrapartida, Pust (2012) elabora uma série de argumentos contra a posição de que as intuições produzem conhecimento. Nesse trabalho, tais argumentos são analisados à luz das considerações de Williamson (2004) e Bealer (1998) sobre as intuições.
Palavras-chave: Intuições; Método da Filosofia; Centralidade; Método de Casos.

IX Semana de Filosofia da UNIRIO (UNIRIO, Brasil, 2019)
Tìtulo: A referência dos nomes próprios e a utilidade da filosofia da linguagem
Resumo: Nesse trabalho, farei uma introdução à teoria da referência dos nomes próprios de Saul Kripke (2012) utilizando como complementação os trabalhos de Lycan (2008) e Schwarts (2012). A partir disso, elaborarei uma reflexão a respeito das fronteiras entre a filosofia e a ciência no que diz respeito às teorias da referência, ressaltando a questão da utilidade de uma teoria da referência filosófica dos nomes próprios.
Palavras-chave: Designadores Rígidos; Cadeias de Comunicação; Nomes próprios; Teoria da Referência; Filosofia da Ciência.

VII Semana de Graduação em Filosofia – O pensamento em crise: os caminhos da filosofia (UERJ, Brasil, 2019)
Título: Como os objetos recebem nomes: uma introdução às teorias da referência.
Resumo: Nesse trabalho, serão introduzidas as principais teorias da referência na filosofia analítica da linguagem. Em um primeiro momento, apresentarei as teorias descritivistas sobre a referência. Explicarei as teorias descritivistas em suas diferentes versões, mas focarei em detalhar a teoria do feixe de descrições de Searle (1958) como uma alternativa às teorias descritivistas ortodoxas. A partir disso, explorarei as principais teses implicadas pela teoria descritivista segundo Kripke (2012) e os argumentos do autor contra essas teorias descritivistas da referência. Em um segundo momento, apresentarei os principais aspectos da teoria da referência de Kripke (2012). Primeiro, explicarei de que forma o autor propõe que (normalmente) os nomes próprios seriam designadores rígidos e que (normalmente) as descrições definidas associadas a eles pelo falante são designadores não-rígidos. Por fim, examinarei a “melhor imagem” kripkiana de como se dá a determinação da referência dos nomes próprios através das suas noções de ‘cadeia de comunicação’ e de ‘batismo inicial’.
Palavras-chave: Teorias da Referência; Nomes Próprios; Descrições definidas; Designadores Rígidos; Cadeias de Comunicação.

XI Semana de Graduação em Filosofia da UFRJ (UFRJ, Brasil, 2019)
Título: A Filosofia das Intuições e as Intuições na Filosofia
Resumo: Sem dúvida, muitos filósofos têm a imagem de que as intuições seriam indispensáveis para a atividade filosófica. Afinal, é bem comum que os filósofos ressaltem a intuitividade de uma tese como uma virtude, utilizem experimentos de pensamento para o teste de intuições e que digam que a intuição é um bom modo de decidir sobre a verdade de uma teoria. Cappelen (2012) chama de “Centralidade” a tese segundo a qual o método central na filosofia estaria baseado no uso de intuições. De fato, para filósofos como Kripke (2012) as intuições de pessoas comuns parecem ocupar um papel indispensável na decisão sobre qual teoria filosófica deve ser aceita. Indo além, existem trabalhos mais recentes, como o de Machery et al. (2009), em que são verificadas as intuições de pessoas de diversos países a fim de testar uma hipótese filosófica sobre as propriedades de certos termos da linguagem. Um outro autor que mostraria, na prática, como as intuições são utilizadas seria Gettier (1963) ao defender, através de dois experimentos de pensamento, que a concepção clássica não fornece um conjunto de condições suficientes para o conhecimento. Esses fatores parecem indicar que a Centralidade está correta. Em contrapartida, Pust (2012) elabora uma série de argumentos contra a posição de que as intuições produzem conhecimento. Nesse trabalho, tais argumentos são analisados à luz das considerações de Williamson (2004) e Bealer (1998, 2008) sobre as intuições.
Palavras-chave: Método da Filosofia; Centralidade; Método de Casos.

XXVII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da PUC-Rio (PUCRJ, Brasil, 2019)
Título: Em defesa de uma interpretação deflacionista dos compromissos ontológicos da teoria da referência de Kripke em “O Nomear e a Necessidade”
Resumo: Nesta pesquisa, é defendida uma interpretação deflacionista dos compromissos metafísicos (ou ontológicos) da teoria da referência dos nomes próprios de Saul Kripke (TRK) em O Nomear e a Necessidade (NN). Tais compromissos orbitam três principais noções metafísicas: mundos possíveis, propriedades e objetos. Na primeira parte da pesquisa, são investigados os aspectos semânticos de NN. Pretende-se estabelecer a diferença entre os nomes próprios e as descrições definidas que associamos a eles, explicar o fenômeno da designação rígida e situar as imagens sobre a determinação da referência dos nomes próprios. A partir desse panorama, é estipulada uma definição mais precisa da TRK a partir da qual é possível extrair uma interpretação dos seus compromissos metafísicos. Na segunda parte da pesquisa, em busca de uma interpretação deflacionista da TRK, são estabelecidos quais são os seus compromissos em relação às noções de: mundos possíveis – enfrentando a questão do que eles são e um ponto sobre a identidade transmundial do designatum –; propriedades – tanto acidentais quanto essenciais, considerando a contribuição de Cartwright (1998, p. 69), Salmon (1979) e a resposta de Kripke (2012) a Salmon –; e objetos – tomando como ponto de partida uma leitura de Motloch (2014).
Palavras-chave: Kripke; Nomes Próprios; Designadores Rígidos; Compromisso Ontológico; Deflacionismo.

2018

VI Semana de Graduação – PhilosoPhiaS (UERJ, Brasil, 2018)
Título: O Problema de Frege e a resposta de Kripke
Resumo: Em minha apresentação, tomarei como ponto de partida uma formulação específica do Problema de Frege. Em seguida, tratarei da resposta de Kripke em relação a esse problema. Em um primeiro momento, explicarei que o Problema de Frege ocorre em relação a sentenças como: “Héspero é Fósforo” e “Héspero é Héspero”, pois enquanto que a primeira sentença parece ser conhecida a posteriori (já que descobrimos pela evidência empírica que o astro que chamávamos de Héspero – e que aparecia de manhã – é o mesmo que chamávamos de Fósforo – mas que aparecia à tarde), a segunda parece ser conhecida a priori (já que é a mera relação de identidade entre um objeto e ele mesmo). Isso seria um problema porque tanto “Héspero” quanto “Fósforo” são nomes próprios co-referenciais: os dois nomes referem-se à Vênus. Nesse caso, a expectativa é de que as duas sentenças deveriam possuir o mesmo valor cognitivo e ser conhecidas da mesma forma. Como não parece ser o caso, temos um problema. Em suma, essa contraposição entre tais sentenças – que, por um lado, parecem equivalentes e, por outro, não – é aquilo em que consiste uma faceta específica do Problema de Frege. Em um segundo momento, explicarei a resposta de Kripke para o Problema de Frege. Kripke considera que tanto “Héspero” quanto “Fósforo” são designadores rígidos. Um designador rígido é uma expressão linguística que designa o mesmo objeto em todos os mundos possíveis em que esse objeto existe. Nesse sentido, “Héspero é Fósforo” é uma proposição necessariamente verdadeira, porque tanto “Héspero” quanto “Fósforo” são nomes próprios que designam rigidamente o mesmo objeto, que é Vênus. Para Kripke, não haveria problema nessa sentença ser, ao mesmo tempo, conhecida a priori e a posteriori. O Problema de Frege seria um pseudoproblema que ocorreria devido à confusão que os filósofos estabeleceram entre o nível epistêmico (de como podemos conhecer uma proposição) e do nível metafísico (das mudanças que um objeto pode assumir sem deixar de existir em uma situação contrafactual). Segundo Kripke, não seria verdade que toda sentença conhecida a priori deveria ser necessária, e nem que toda sentença conhecida a posteriori deveria ser contingente. Indo além, uma mesma sentença como “Héspero é Fósforo” poderia ter sua verdade conhecida a priori por um falante e a posteriori por outro. Por fim, explicarei o que motiva a confusão entre os níveis epistêmico e metafísico, e a razão do Problema de Frege ser apenas um pseudoproblema que ganhou importância devido a uma má compreensão do funcionamento da linguagem.
Palavras-chave: Problema de Frege; A priori; A posteriori.

XIV Semana de Graduação em Filosofia da PUC-Rio – Philos XIV (PUCRJ, Brasil, 2018)
Título
: Nomes próprios como designadores rígidos
Resumo: Nesse trabalho, elucidarei as teses da ‘designação rígida’ e ‘da referência direta’ dos nomes próprios, elaboradas por Saul Kripke em O Nomear e a Necessidade (2012), além de explorar o papel da sua concepção de ‘mundos possíveis’ nessa teoria da referência dos nomes próprios. Por fim, falarei da “melhor imagem” de Kripke de como se dá a referência dos nomes próprios – a ‘cadeia de comunicação’.
Palavras-chave: Nomes próprios; Designadores Rígidos; Referência Direta; Mundos possíveis; Cadeia de Comunicação.

2017

PHILOS XIII: Os múltiplos olhares sobre o processo de degenerescência (PUCRJ, Brasil, 2017)
Título: Os argumentos de Górgias em seu Tratado do Não-Ser
Resumo: Em seu Tratado do Não-Ser, Górgias de Leontinos tenta demonstrar três teses: a da nadificação; a da incognoscibilidade; e a da incomunicabilidade. Esse artigo visa, através de uma análise dos pontos levantados por Górgias para demonstrar essas teses, intitular, organizar, dividir, clarificar, criticar e desenvolver os argumentos que Górgias teria utilizado em sua obra.
Palavras-chave: Górgias; Ente; Incognoscibilidade; Incomunicabilidade; Nadificação.